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Automobilismo

500 milhas de 1993 – 1 milhão, estreia de Mansell, “quase” participação de Senna e gafe histórica de Fittipaldi

(por Sérgio Viana)No dia 30 de maio de 1993, Emerson Fittipaldi, brasileiro, bicampeão mundial de Fórmula 1 e campeão da Indy em 1989, venceu pela segunda vez as 500 milhas de Indianapolis.Foi a primeira vez que a Indy pagou US$ 1 milhão para o vencedor da corrida, um marco histórico!Emmo largou em 9º, não fez uma boa classificação, prova que teve como Pole Position e como líder por mais voltas o lendário holandês da Chip Ganassi, Arie Luyendyk, vencedor da prova em 1990, um ano depois da primeira vitória de Fittipaldi, e novamente em 1997.Destaque dessa edição para a estreia do “leão” Nigel Mansell, então campeão da F1, que largou em 8º e chegou em 3º, além do 4º lugar do brasileiro Raul Boesel.Mas, nada chamou mais a atenção daquela corrida do que uma gafe histórica: Fittipaldi bebeu suco de laranja ao invés de leite ao celebrar a vitória na corrida, causando espanto e a ira dos torcedores com sua atitude. Emerson Fittipaldi justificou a deselegante quebra da tradição argumentando que era um ato em prol da produção de laranjas no Brasil, sendo que ele mesmo teria providenciado a garrafa de suco para propositadamente quebrar o protocolo. Fittipaldi à epoca produzia suco de laranja. Que coincidência!Situação que realmente marcou a carreira de Emerson, que nos aniversários dessa conquista, sempre tem que voltar e explicar o por que daquilo.A imprensa americana na época criticou ele de forma veemente, mas Emmo sempre se defendeu dizendo que depois bebeu o leite, só que a imprensa não viu! Será?Fato que ofuscou a importante participação e resultado de Nigel Mansell naquela corrida, que chegou a liderar no final, mas por problemas no último abastecimento, acabou permitindo a aproximação de Fittipaldi, que o ultrapassou de forma brilhante.Esse seria o ano de participação de Senna nas 500 milhas, segundo Fittipaldi contou a ESPN em 2018, anos de comemoração de 25 anos da vitória. “Foi o Ron Dennis, por causa da renovação de contrato [da McLaren] isso travou. O Ayrton tinha sonho em correr em Indianapolis.”- afirmou Emmo a reportagem, explicando o que “travou” a participação de Senna na corrida. “Ele estava praticamente certo que ia correr com a gente pela Penske. Já era praticamente certo colocar um carro a mais para ele. Tanto é que ele testou o carro da Indy no circuito misto. Andou muito rápido e gostou do carro. O Roger (Penske) não deixou ele testar no oval de Phoenix porque tinha medo. Se você chega muito rápido e confiante você bate. Ele ficou me vendo testar. Ele achou que o Ayrton ia andar muito rápido e poderia bater.” – completou.Curiosidades de uma edição mais do que interessante de um dos maiores eventos esportivos do planeta.

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