Paramount
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Com prejuízo em parte da América do Sul, Paramount pode abdicar dos direitos da Libertadores e Sul-Americana; entenda

Atravessando uma crise financeira e buscando uma solução para contorná-la, a Paramount quer rescindir o contrato que lhe dá o direito de exibição das competições CONMEBOL para toda a América Latina. A multinacional possui eles no catálogo desde o ano passado, e os tem como o seu principal produto.

Vale lembrar que o contrato da empresa com a entidade que gere o futebol sul-americano é válido até o ano de 2026. O que a Paramount alega é que a exibição do torneio não vem tendo uma boa rentabilidade na América Latina, com exceção de Brasil e Argentina. Em outros países, o retorno tem sido muito aquém do que a empresa buscava. Apesar da arrecadação boa nos dois países citados, isso não vem sendo o suficiente para que a crise financeira seja contida.

Para que houvesse equipe de transmissão no nosso país, a multinacional investiu pesado e trouxe rostos conhecidos do mercado nacional, como os narradores João Guilherme e Nivaldo Prieto, com passagem pelo Grupo Disney e o comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, também com passagem pelo Grupo Disney e pelo Grupo Globo. Os profissionais têm contrato até 2026, ano que o contrato da Paramount termina. Em caso de desistência por parte da empresa, haveria ressarcimento por contrato quebrado.

Paramount e a Libertadores (Foto: Divulgação)
Paramount e a Libertadores (Foto: Divulgação)

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Trazendo um pouco da situação, só que pelo campo dos números, o Paramount+ deu um prejuízo que chegou a casa de R$ 8,2 bilhões (se converter US$ 1,6 bilhão), no último ano. As ações da empresa na bolsa de valores dos Estados Unidos caíram 52% em um ano. Em 3 anos, a queda é maior ainda, chegando a 73%. No balanço mostrado aos acionistas, somente em dívidas e empréstimos a Paramount acumula R$ 72 bilhões (US$ 14 bilhões).

Isso custou caro, tanto para os cofres, como para o catálogo da plataforma, que teve que encerrar produções. Para sanar a crise, o tradicionalíssimo estúdio de filmes se colocou à venda. Um dos interessados foi o fundo privado Apollo Global, que segundo o The Wall Street Journal, ofereceu inicialmente US$ 11 bilhões para comprar os departamentos cinematográficos e televisivos, porém, recebeu um não. O fundo persistiu ao ponto de lançar uma nova proposta, desta feita por todo o grupo, com US$ 26 bilhões, mas levou um não outra vez.

Agora o grupo busca apoio da Sony (que detém a Columbia Pictures) para comprar a empresa. Uma possível entrada da Sony na jogada foi vista com bons olhos pelos acionistas da Paramount. Ao portal F5, a empresa optou por “não comentar especulações”. A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), por sua vez, afirmou que não tem informações de alterações nas detentoras dos direitos.

(Foto: Paramount)

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